O Fim da TAM como nós conheçemos

Em Abril de 2012 será criada a LATAM Airlines, a maior empresa aérea da América Latina. A empresa será resultado da fusão entre a Brasileira TAM e a chilena LAN. Os diretores da empresa, afirmama que pouca coisa vai mudar, mas isso não é verdade. Muita coisa irá mudar, para a TAM.
As tradições da empresa paulista não serão preservadas pelo seus controladores chilenos.
Primeiramente, a TAM não vai ser mais Brasileira. As ações da TAM passarão a ser conjuntas as da LAN, e essas novas ações serão negociadas entre São Paulo, Santiago e Nova York.

As famosas balinhas distribuidas antes da decolagem, um costume instituído pelo próprio comandante Rolim, serão abolidas. A Parceria entre a TAM e a Acor será desfeita, após 11 anos. A LAN vê isso como um progresso, já que a abolição das balas gerará lucro de 1,5 milhão de reais anualmente.

Outro fator que para alguns já está mais do que óbvio, é a saída da TAM da Star Alliance para integrar a Oneworld junto com a LAN e a American Airlines. Os diretores alegam que se a LAN deixasse a Oneworld, a presença da Aliança no mercado latino estaria restrita aos vôos internacionais da Iberia e da American Airlines, com participação 0 no mercado interno, e o mesmo não aconteceria se a TAM deixasse a Star Alliance, que passará a integrar Avianca, Taca e Copa Airlines em Abril, (aliás, curiosa a entrada das três empresas logo após a suposta saída da TAM não?), empresas que tem grande participação no mercado interno latino, principalmente na América Central, onde só a SkyTeam tem influência, com a Aeroméxico.

Mas, as palavras dos diretores não convencem muito, a maioria dos especialistas em aviação acredita que isso é mais uma demonstração de controle dos chilenos sobre a TAM.

outra grande mudança será a extinção da Primeira classe. A classe mais alta de serviços nunca existiu na LAN, mas existe na TAM desde o início dos serviços internacionais para Miami, e atualmente, a TAM é a única  companhia aérea latina que oferece a primeira classe, nos serviços intercontinentais, as demais têm apenas classes executivas, algumas vezes de alto padrão, como é o caso da LAN e da Aerosur(nos voos para Madri apenas). Emfim, a LAN irá padronizar os interiores das aeronaves. Seria muito mais fácil tirar a primeira classe da TAM(o que aumenta a capacidade dos aviões) do que colocar primeira uma classe na LAN. Tomara que a LAN tenha pelo menos a decência de melhorar a classe executiva da TAM.

Haverão mudanças também na compra de aeronaves. As novas compras não serão efetuadas como a TAM faz, aos poucos, mas sim ao modo da LAN, comprando muitos aviões de uma vez, diminuindo o preço dos aviões. A empresa ainda não optou por uma padronização de frota.

A ANAC está otimista com a nova empresa, mas jamais citou o fato de o Brasil estar perdendo sua maior e mais tradicional empresa aérea. Isso mais uma vez mostra a incompetência das ações no Brasil. Os diretores da TAM deveriam ter exigido uma fusão ao modo Air France-KLM em que as duas empresas passam a coagir, ao invés de uma ficar no comando da outra. Na teoria, isso não acontece na LATAM, mas na prática sim, tendo em vista as imposições feitas SOMENTE a TAM, e a presidência da empresa com o atual presidente da LAN, Enrique Cueto. O atual presidente da TAM passará a ser diretor financeiro, e nenhuma lto cargo da diretoria da empresa ficará com um brasileiro. 

Agora é torcer para que a TAM não vire LAN Brasil.