quinta-feira, 26 de maio de 2011

Infraero: A desculpa para a incompetência

No momento em que se discute o futuro dos principais aeroportos do país, a Infraero anuncia que apenas 3 dos 12 aeroportos situados nas cidades sedes da Copa do Mundo de 2014 estão saturados. Embora a maioria deles tenha previsão de saturação superior a 100% na ocasião dos jogos, a estatal anunciou uma solução no mínimo interessante: mudança na metodologia.

Apesar dos critérios serem de compreensão praticamente impossível, já que numericamente a saturação dos aeroportos é incontestável, a Infraero alega que o novo estudo está baseado na "revisão das pesquisas dos manuais de órgãos reguladores e operadores internacionais". O uso das instalações em mais horas do dia, a adoção de novas tecnologias pelas companhias aéreas, como o check-in pela internet e terminais de autoatendimento foram alguns pontos considerados.

Dentro dos novos critérios, somente Brasília, Guarulhos e Cuiabá foram considerados saturados, com um volume de passageiros superior a 95% da capacidade anual. Mas segundo estimativas que comparam a capacidade real dos terminais com a previsão deste ano, o da capital federal fechará o ano com um fluxo 200% acima da capacidade. Já em Guarulhos o número é superior a 150%.

Em Confins, Curitiba, Campinas e Fortaleza a Infraero alega que a saturação está entre 70% e 85% da capacidade. Para comparação, Confins, cuja capacidade é de 5 milhões de passageiros/ano, já fechou 2010 com 7,2 milhões. O crescimento anual está na casa dos 30%. Considerando que as reformas previstas (já atrasadas em 3 meses) serão entregues até 2014, a capacidade será de 8 milhões de passageiros/ano, para um fluxo estimado que deve superar 10 milhões de passageiros/ano.

Os aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Manaus e Recife foram enquadrados como totalmente adequados, operando com menos de 70% da capacidade. Numericamente, os 4 terminais também estão operando com fluxo superior a 100% da capacidade.

No mês passado houve corte na verba prevista pela Infraero, de R$ 5,23 bilhões para R$ 5,15 bilhões. Ainda sim a Secretaria de Aviação Civil (SAC) nega que o país terá problemas nos próximos anos.

Fonte: CNF ao vivo(http://www.cnfaovivo.com.br/)

Pelo Amor de Deus!! Agora deu pra da desculpa pra não resolver os próprios problemas. Depois ainda perguntam porquê o Brasil não progride

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